quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sobre a tal cultura do estupro

Eu custo a entender o que é essa tal “cultura do estupro”. Sério, não consigo entender. Talvez eu esteja tão imerso nela que não a perceba, da mesma forma como um peixe que sempre viveu dentro da água não consegue percebê-la porque não tem um parâmetro diferente para comparar.

Talvez eu seja de fato um estuprador em potencial que caso se depare com uma mulher sendo estuprada na rua, ao invés de ajudá-la, eu fique observando a situação enquanto mentalmente a culpo por usar roupas tão provocantes ou andar sozinha por ai. Se bobear talvez até tire uma casquinha quando o primeiro estuprador terminar.

Falando sério agora, não existe essa tal cultura do estupro. De longe podemos perceber que o estupro não é tolerado em nossa sociedade, pelo menos não em nossa sociedade ocidental. Uma rápida pesquisa no Youtube ou Google mostra o quão a sociedade despreza estupradores. A sorte de um estuprador é ser pego pela polícia antes de ser pego pela população, caso contrário corre o risco de nem viver para contar história. São repudiados até mesmo por outros criminosos que cometeram diversos tipos de crimes.

Eu também não sabia, fui descobrir recentemente.


Uma estratégia das feministas e demais grupos vitimistas da sociedade é dizer que recomendar medidas e protocolos de segurança às mulheres faz parte da cultura do estupro. Por exemplo, se for recomendado às mulheres que não andem em locais suspeitos e em horários de pouca movimentação isso é culpar a vítima, logo, é um instrumento da cultura do estupro.

Balela. Recomendar medidas de segurança não é culpar a vítima, tampouco diminuir a culpa do estuprador. A distorção que criam disso é absurda.

Se recomendar medidas de segurança é culpar a vítima, então existem várias culturas de diversos crimes em nossa sociedade.

Se meus pais me recomendarem não andar com objetos de valor em locais perigosos, pela lógica feminista/vitimista da coisa, eles estariam contribuindo para uma cultura do assalto. Se o gerente do meu banco me recomendar não investir em investimentos suspeitos, ele estaria contribuindo para uma cultura da fraude financeira. Se os caras que programaram o servidor do meu email recomendam, na página de cadastro, não usar senhas curtas e de fácil criptografia, eles estariam contribuindo para uma cultura do roubo de contas de email. Se alguém me recomenda trancar portas e janelas de casa quando eu for dormir, ele estaria contribuindo para uma cultura do furto.

Ou será que as mulheres são o único grupo onde o simples ato de recomendar medidas de segurança não é certo e, na visão feminista, equivale a culpar a vítima?

A tática preferida das esquerdas é criar uma espécie de rixa entre grupos distintos da sociedade e aparecer como a solucionadora do mesmo, usando o aparato estatal, é claro. Neste caso da cultura do estupro não é diferente. É toda uma guerra cultural para fazer grande parte de a sociedade acreditar que o outro lado tolera e acha normal estupros em mulheres por elas estarem usando a roupa X ou andando no local Y.


Enquanto houver idiotas para acreditar em tais coisas a esquerda sempre poderá contar com uma massa de manobra.

3 comentários:

  1. "Talvez eu seja de fato um estuprador em potencial que caso se depare com uma mulher sendo estuprada na rua, ao invés de ajudá-la, eu fique observando a situação enquanto mentalmente a culpo por usar roupas tão provocantes ou andar sozinha por ai. Se bobear talvez até tire uma casquinha quando o primeiro estuprador terminar."

    Isso é verdade? Se for você não é estuprador, é um doente mental

    A culpa de 100% dos estupros são de estupradores, não das vitimas seu louco, se eu ver uma criança segurando uma nota de 100 não vou roubar mesmo podendo, pois não sou ladrão, da mesma forma que eu jamais estupraria uma mulher pois não sou doente, tem que ser extremamente doente e louco para permitir um ato tão desprezível à um ser humano sem ajuda-lo.

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  2. Excelente texto.

    Sempre existiram criminosos em todas as sociedades e sempre existirão criminosos enquanto as pessoas do mundo serem livres para agirem por conta própria. Exatamente por isso, que devemos nos precaver e tornar mais difícil os crimes, pois não adianta chorar pelo leite derramado depois do crime ocorrer, mesmo o criminoso estando errado e nós, vitimas, estando certas. Não adianta nós estarmos certos, mas nós estarmos mortos.

    TODOS sabem que estuprar é errado, os próprios estupradores sabem que estuprar é errado, exatamente por isso fazem às escondidas. Então a solução não é tão óbvia e retardada igual se diz: “ensine que roubar é errado”, “ensine que matar é errado”, “ensine que estuprar é errado”. Para evitar estupros, deve-se evitar como se evita todos os outros crimes: dificultando o crime. Evitar andar em ruas pouco movimentadas à noite, sozinha e com roupas provocantes. Isso EVITA chamar atenção de criminosos.
    E se o crime ocorrer deve-se punir o criminoso. Estupro é um crime como qualquer outro.

    Essas marchas das vadias são completamente estúpidas. Estupradores já sabem que estuprar é errado, por isso fazem escondidos. Fazer campanhas “ensinando” ou “mandando” estupradores a não estuprar, simplesmente não funciona. O que essas anencéfalas precisam fazer é exigir segurança, policiamento, leis, punição e TAMBÉM o porte de armas. Não apenas se focar nas mulheres, mas em TODOS os cidadãos. Um bandido não vai parar de assaltar só porque você pediu e estuprador não vai parar de estuprar porque você protestou. Os próprios estupradores sabem que estuprar é errado, por isso fazem escondido. Mas como isso é prazeroso para ele, ele não se importa que estupro é errado.
    Um político corrupto sabe que roubar é errado, por isso fazem escondidos. Mas como isso é benéfico para ele, ele não se importa que vai prejudicar a população inteira.

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