Quando fui escrever esse texto,
eu pensei em usar o título “A Cultura do Estatismo”, mas os recentes protestos
e reivindicações mostraram que o título mais adequado seria mesmo o que se
encontra, “A Religião do Estatismo”.
Se tem uma coisa que ficou clara
nessas últimas duas semanas de protesto, além da falta de foco dos mesmos, é
que o estatismo é sim um religião, ou pelo menos é tratado como tal. As reivindicações
mostraram que as pessoas esperam apenas soluções estatais para os problemas da
sociedade, mesmo que estes problemas tenham sido causados pelo excesso de
intervenção.
O que caracteriza uma religião é
seu aspecto dogmático e a indolência de seus fiéis em contestá-la; são
incapazes de ver uma falta de lógica ou uma alternativa ao que é transmitido
pelos sacerdotes (políticos). Ou é aquela maneira ou é maneira nenhuma. Os
pedidos por mais investimento em educação, saúde, segurança, infraestrutura e
outras áreas por parte do governo só demonstra que as pessoas não enxergam que
isso pode ser feito por outros grupos de pessoas que não sejam os eminentes “representantes”
políticos da sociedade. “But who will build the roads?”,
perguntam eles.