Não é de hoje que críticos do
capitalismo e do mercado vêm argumentando que tais sistemas são fomentadores do
individualismo, que, segundo eles, levará a humanidade a um estado de egoísmo
patológico, onde as pessoas não mais se entenderão e consigam viver em
comunidade. Entretanto, os críticos contemporâneos do capitalismo não estão
contentes apenas em evidenciar o egoísmo exacerbado que o mesmo conduz; para
eles a psicopatia é o resultado final
de um sistema onde o individuo se coloca em primeiro lugar.
Se as tais conclusões também lhe
parecem ridículas, caro leitor, espere até ver as soluções. Segundo eles, para
sanar tal individualismo danoso a longo prazo, devemos implantar uma forma de
governo onde o individuo fique em segundo lugar em detrimento ao coletivo. E como
o fomentador de tal individualismo é o mercado, qualquer medida para atrapalhar
o funcionamento deste é válida, indo desde medidas assistencialista até medidas
autoritárias de distribuição de renda.
Antes de qualquer coisa, devemos
ficar cientes da real natureza do altruísmo e das próprias atitudes altruístas.
Quando praticamos algo de caráter altruísta, seja por meio de doações ou por
qualquer outro tipo de ajuda, não estamos apenas satisfazendo o ajudado como
também estamos satisfazendo a nós mesmos. Explicando melhor; quando você faz
uma doação de sangue, você está se ajudando ao passo que se nutre de um
sentimento de gratificação. Toda medida altruísta mascara um desejo egoísta de
se sentir bem com as próprias ações.