quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que pode aumentar o salário dos trabalhadores?


A grande maioria das pessoas, caso abordada sobre a questão acima, responderia da seguinte forma: “o governo deve criar leis que garantam um salário digno ou maior do que o atual aos trabalhadores”; essa seria a resposta padrão tanto entre os mais leigos como grande parte dos mais esclarecidos em economia. A crença de que o governo pode, por meio de seus decretos legais, aumentar o salário dos trabalhadores é uma das mais presentes e irretorquíveis dos tempos atuais e passados.

Quem dera se as coisas fossem tão fáceis de serem resolvidas simplesmente com uma ordem centralizada vinda de cima, contudo, querer maquiar a realidade por meio dessas crenças econômicas não leva a lugar algum exceto à ineficiência e ao prejuízo daqueles mais visados de melhorias.

O salário mínimo – assim como pisos salariais para determinadas profissões – é o principal recurso de um governo, na maioria esmagadora dos casos, para aumentar ou garantir um salário aos trabalhadores. À primeira vista faz sentido que uma lei determinando um mínimo a ser pago vai garantir que os trabalhadores possam dispor de certo poder de compra seguramente. Tal pensamento, apesar de imbuído de boas intenções, não se sustenta por muito tempo depois de analisado de forma racional.



domingo, 19 de maio de 2013

Como os impostos prejudicam a caridade?


A caridade está, sem dúvida, dentre os atos mais nobres que um ser humano pode fazer. O ato de ajudar uma pessoa simplesmente em troca de alguma satisfação interna e senso de justiça é digno das mais ostensivas congratulações. É com base nisso que muitas pessoas imbuídas de boa índole enxergam os impostos como uma coisa boa à sociedade. Em sua concepção a tributação ajuda aqueles mais necessitados; tão certos estão disso que pagam sem reclamar na fé de que aquele dinheiro será usado para o bem de terceiros.

Aparentemente não há o que reclamar disso, pessoas dando dinheiro de bom grado a fim de que uma determinada instituição (no caso o governo) venha a ajudar os que mais precisam é algo totalmente tolerável e louvável porque nenhuma liberdade foi infringida aqui. O grande problema é que impostos caem também sobre aqueles que não querem arcar com os preços desse assistencialismo, não só isso como também não terão retorno algum. Pode parecer algo ruim e mesquinho, mas o que a primeira vista soa apenas como egoísmo nada mais é que o direito individual de manter os frutos de seu trabalho. Mesmo que a tributação seja tolerada por uma parcela da sociedade, nada dá o direito de uma instituição (mesmo a mais poderosa e criadora das leis) tirar o dinheiro daqueles que não concordam com isso.



segunda-feira, 13 de maio de 2013

85% do mercado residencial de Singapura é propriedade do governo, e dai?



Quando nós, economistas liberais, usamos o exemplo de Singapura como um modelo de desenvolvimento em virtude de sua liberdade econômica, é frequente a argumentação esquerdista de que 85% de seu mercado residencial estar nas mãos do governo. Eles esperam com essa argumentação desvalidar o discurso liberal uma vez que este prega privatizações. A triste verdade para eles é que isso não invalida nada, e que, na verdade, isso só mostra a profunda falta de conhecimento da parte deles do que é a liberdade econômica e o liberalismo em si. 

Em primeiro lugar devemos ter uma noção do que é liberdade econômica. Liberdade econômica nada mais é que a facilidade que uma empresa (ou empreendedor) tem de adentrar, se movimentar e sair do mercado. Há algumas divergências no meio liberal acerca dos critérios para se definir se um local é ou não livre economicamente (basta comparar os rankings de liberdade do Heritage com o do Fraser e ver que muitos países estão em diferentes posições), mas podemos citar aqui que, dentre os critérios de avaliação se encontram: a carga tributária, burocracia, protecionismo, liberdade de troca, gastos governamentais, etc. Todos esses fatores formam uma média que irá avaliar a liberdade econômica daquele local.