Fernando
Henrique Cardoso recentemente assumiu aquilo que todo direitista ou liberal
brasileiro já sabia há muito tempo: que ele é de esquerda. Até mesmo o líder
supremo da esquerda brasileira, o Lula, disse isso em um vídeo,
onde salientava que todos os partidos do Brasil, até mesmo o PSDB, são de
esquerda.
A
grande questão aqui é: por que a esquerda brasileira mainstream não aceita FHC
como o esquerdista que ele é? É verdade que ele fez uma privatização aqui e
outra acolá, mas Lula e Dilma também não fizeram? Seriam Lula e Dilma de
direita também? Claro que não.
O
grande problema que a esquerda paquidérmica brasileira tem com FHC e todo o seu
partido é que eles, apesar de concordarem em inúmeras coisas, afinal, são de
esquerda; é que eles fazem parte da oposição do atual governo. Em um cenário
como esse até os irmão de ideologia viram inimigos.
Sabemos
muito bem que no cenário macropolítico do Brasil praticamente não existe um
partido de direita. A esquerda funciona por meio da criação de bodes
expiatórios do povo para aparecer como solução. É por isso que tendem a
dualizar a sociedade com discursos de nós contra eles. Colocam homens contra
mulheres; brancos contra negros; pobres contra ricos; homossexuais contra
heterossexuais. Esse é o padrão esquerdista, criam um inimigo para se venderem
como heróis.
Muitos
devem estar se perguntando porquê afinal o FHC é de esquerda. Basta olharmos
para alguns de seus feitos como presidente:
- Aumentou os impostos;
- Criou agências reguladoras (e por consequência as regulamentações);
- Suas privatizações se deram na forma de concessão, e de forma bastante protecionistas;
- Criou o bolsa família, sendo até criticado pelo próprio Lula na época;
- É desarmamentista;
- É a favor da legalização da maconha.
No
cenário econômico é onde seu esquerdismo se manteve mais evidente. Ao contrário
do que dizem, ele não tem nada de liberal, ou neoliberal, como muitos gostam de
dizer. Ser liberal tem a ver com tornar o mercado mais livre para a entrada,
funcionamento e até mesmo saída de empresas, empreendedores e trabalhadores.
Como foi mostrado acima, as políticas econômicas do governo FHC vão muito
distante disso. Ele criou as agências reguladoras, o que gerou mais burocracia;
aumentou os impostos e suas privatizações eram altamente protecionistas, isto
é, nenhum concorrente poderia entrar no mesmo ramo de mercado das empresas “privatizadas”.
Enquanto
a esquerda mainstream e a extrema esquerda do Brasil estiverem no poder, eles
vão tentar a todo custo manter o PSDB e o governo FHC com a imagem de
direitistas. Esquerdistas precisam de um bode expiatório, um inimigo imaginário
da população. Nada melhor para isso do que um partido bunda mole e que não
representa uma ameaça, tal qual o PSDB.
tu deu um bom entendimento sobre isso...bom texto!
ResponderExcluir