quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um conto estatista

Era mais um dia na vida de Seu Cornélio...


Seu Cornélio era um contador mediano em um escritório mediano. Com seus 36 anos, sua convicção política não poderia ser outra: um estatista e keynesiano, como quase todo mundo. Não negava a vital importância que o Estado tem em nossas vidas, regulando as falhas de mercado e os problemas sociais da forma onisciente que só o Estado é capaz de fazer. Fazia jus ao que aprendeu em sua faculdade particular que, ironicamente, tinha toda a grade curricular e didática pré-definida e regulamentada pelo governo.

Rapidamente ele se aprontou para o trabalho na contabilidade onde era empregado. No seu carro, a caminho para o trabalho, viu que a gasolina estava acabando e precisava abastecer. Ao chegar no ponto, olhou o preço da gasolina se assustou; como se já não fosse cara, o governo aumentou um pouco mais os impostos sobre a mesma para fechar seu orçamento. Mas ele não se importava, sabia que a gasolina pertencia a um setor estratégico da economia e que deveria ficar nas mãos do governo. Sob hipótese alguma deveria ter o dedo da iniciativa privada na gasolina, isso poderia aumentar ainda mais os preços dela, defendia Cornélio; “Se tá caro com governo, imagina sem ele!”, dizia sempre.



terça-feira, 9 de julho de 2013

A riqueza de uns e a pobreza de outros

Quando um leigo em economia dá uma olhada em nossa sociedade, logo ele percebe que há uma desigualdade entre as pessoas, sendo que uns possuem mais que outros. Mesmo que ele não seja vítima de nosso sistema educacional, ele concluirá que tal desigualdade se dá por falhas no mercado e do mau funcionamento da ordem social. Contudo, tal tese não se sustenta com uma reflexão adequada de como o mercado e a própria sociedade funciona.

Sim, há desigualdade financeira em nossa sociedade, mas dizer que isso é uma desordem – pelo menos aquela proveniente do livre mercado – é um grande equívoco.