Todos
nós vimos, há cerca de dois meses atrás, o Brasil estourar em protestos que
fariam até o mais cético dos caras pintadas se sentir orgulhoso. Finalmente um
sentimento de orgulho e sensação de que os problemas do país seriam resolvidos
foi sentido pela esmagadora maioria do povo, tirando uma minoria muito reduzida
do mesmo, incluindo este que vos escreve.
Mas
foi só o passar de alguns meses, para não dizer semanas, e o povo se cansou e
todo mundo voltou às suas casas e suas pacatas vidas; vimos àquela massa
gigantesca de manifestantes (e a minoria vândala, tão enfatizada pela mídia de
que era de fato uma minoria) ir se reduzindo dia após dia até sobrar uns tão
poucos que a mídia sequer fez questão de mostrar, não só isso como não vemos
mais nenhum dos vlogueiros ou blogueiros do Brasil, tão entusiasmados com o
movimento, falar a respeito desse evidente ataque narcoléptico do Gigante que
havia acordado.
Por
que isso aconteceu? Por que todas aquelas movimentações não surtiram o efeito
minimamente esperado? Por que não tardou para que os protestos acabassem e o
povo, mesmo descontente, voltasse às suas casas?
Falta de foco e conhecimento
jurídico
Essa
é a mais evidente de todas, até mesmo alguns dos entusiastas “formadores de
opinião” que falaram em prol dos protestos admitiram que não havia um foco
definido. Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde está indo,
quando o povo vai às ruas protestar e sequer sabe pelo o que está protestando,
tudo o que podemos esperar são alguns dias a mais de protestos seguidos pela
apatia política. Mesmo que algumas propostas de objetivo tenham surgindo em
meio ao alvoroço das manifestações, não foi o bastante para ser abraçado por
toda a população e ganhar uma representação.
Mas
acontece que ter foco não é o bastante; além de foco é necessário ter
conhecimento jurídico e legal acerca de como o governo irá solucionar o
problema. Se as pessoas forem ao governo com sólidos motivos e reivindicações,
o governo pode usar de artimanhas e métodos paliativos caso o povo não entenda
os procedimentos que o governo use. O que quero dizer é que simplesmente chegar
ao governo e falar “queremos X e não queremos Y” não adiantará de nada caso o
povo não entenda como o governo funcione, uma vez que a ignorância da população
é a ferramenta da corrupção governamental. Ter conhecimento legal, jurídico e
burocrático é fundamental. É necessário o povo dizer não somente o que quer,
mas também como o governo deve solucionar aquilo e não deixar a solução
inteiramente nas mãos deste; não é atoa que em meio aos protestos Dilma
apareceu com a proposta de plebiscito, tudo devido à ignorância dos
manifestantes.
Condescendência com o governo e
massa de manobra
Você
acha mesmo, caro leitor, que os manifestantes, principalmente aqueles mais
engajados, não estavam lá a mando do governo? Acha mesmo que aqueles que
começaram tudo isso não eram financiados pelo próprio partido que está no poder
há mais de 10 anos? É claro que eram. Grande parte dos manifestantes não
passavam de massa de manobra para os políticos que hoje ocupam as esferas mais
altas do poder, vide o pessoal do MPL que era financiado (e provavelmente aindaé) pela Lei Rouanet; e como se não bastasse, foi só os 20 centavos serem a
mais serem retirados do preço da passagem que o pessoal desse movimento se
retirou dos protestos, ajudando assim a derrubar a palavra de ordem de que não
eram por 20 centavos. Sim, era só por 20 centavos, e alguns milhares de reais
tirados dos cofres públicos.
Além do mais, uma coisa deve ser deixada em claro aqui. A
probabilidade de que estes protestos sejam monopolizados pelas piores pessoas,
desde vândalos a massa de manobra, é muito grande. Estes, por não trabalharem e
terem as vidas dedicadas às suas esquerdices, dispõem de mais tempo para ficar
nas ruas do que o típico cidadão comum que precisa pagar suas contas, fato este
que foi denunciado e evidenciado por Rodrigo Constantino.
Crença no Estado onipotente
Esse motivo foi tema de um dos meusposts, mas vale a pena ressaltar.
A
falta de foco não foi a única coisa evidente nestes protestos. Uma das coisas
que mais chamou a atenção foi a incapacidade do brasileiro de enxergar soluções
além do Estado. Os cartazes e as vozes da população clamavam exclusivamente por
intervenções estatais para problemas causados justamente por intervenções
estatais. O Estado era, além do mal, a única coisa para a cura do mal. Tão
paradoxal quanto ilógico.
As
pessoas não enxergavam que praticamente todos os problemas que eles denunciavam
e pediam soluções por parte do governo foi inicialmente causado por este mesmo,
e que pedir por mais intervenção só iria piorar as coisas. Pegue o exemplo da
má qualidade dos ônibus, assim como suas caras passagens: foi o governo quem
fomentou o monopólio do transporte coletivo no Brasil, eliminando a
concorrência e descartando a necessidade das empresas de diminuírem o preço das
passagens assim como investir na qualidade do serviço e conservação dos ônibus;
não só isso como o governo cobra caros impostos sobre o diesel e a gasolina,
tornando o caro serviço ainda mais caro.
Mas
quem via isso? Quem – exceto alguns poucos – via que a solução não estava no
governo, muito pelo contrário? Quem por algum momento, por menor que seja,
pensou “Ei! Nós podemos resolver isso, não precisamos de governo!” ? Quase
ninguém. A religião do estatismo é praticamente uma Matrix no Brasil.
Enquanto
as pessoas não tiverem foco, conhecimento dos processos legais e uma visão de
que o governo é o mal e não a solução da maioria esmagadora dos problemas de
nossa sociedade, por mais protestos que se façam, nada será resolvido e todos
voltarão para casa quando se sentirem cansados.
Pois é, tem razão, eu também pensando nesse protesto de 7 de Setembro, mais uma manifestação que terá vários socialistas, e ignorantes que vão protestar como se estivessem num desfile de escola de samba... e no fim, nada resolverão...
ResponderExcluirEssa gente acha que vai mudar o Brasil protestando e não estudando.
Afinal, "ignorância é força"
Falou tudo. O que foi visto foi o de sempre, esquerdistas esquerdando...
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