terça-feira, 9 de julho de 2013

A riqueza de uns e a pobreza de outros

Quando um leigo em economia dá uma olhada em nossa sociedade, logo ele percebe que há uma desigualdade entre as pessoas, sendo que uns possuem mais que outros. Mesmo que ele não seja vítima de nosso sistema educacional, ele concluirá que tal desigualdade se dá por falhas no mercado e do mau funcionamento da ordem social. Contudo, tal tese não se sustenta com uma reflexão adequada de como o mercado e a própria sociedade funciona.

Sim, há desigualdade financeira em nossa sociedade, mas dizer que isso é uma desordem – pelo menos aquela proveniente do livre mercado – é um grande equívoco.




O empresário, aquele dono dos meios de produção, não explora o trabalhador. Ambos estão fazendo trocas voluntárias sendo que, cada um está abrindo mão daquilo que eles menos priorizam em prol daquilo que eles mais priorizam; o trabalhador está abrindo mão de sua mão-de-obra (menor prioridade) para ter um pagamento em dinheiro (maior prioridade), sendo que o empresário – ou patrão, se preferir – está fazendo o caminho contrário. Tudo não passa de trocas voluntárias.

Da mesma forma, o dinheiro pertencente a aqueles mais ricos vem dos consumidores dos produtos e serviços ofertados por eles, tudo de forma voluntária. Não só isso como, em um mercado livre e competitivo, aqueles com mais dinheiro são os que mais agradam os consumidores. Em outras palavras, sua quantidade de dinheiro se dá de forma livre e meritocracia.

Com base nisso, podemos concluir que a pobreza de certos membros de nossa sociedade não se dá pela riqueza de outros. A riqueza daqueles que mais produzem e mais conquistaram consumidores no mercado não é proveniente das camadas mais pobres da sociedade, da mesma forma como, se estes que mais produzem e servem de forma satisfatória os clientes não fossem tão ricos, ainda assim, aqueles mais pobres estariam na condição de pobreza.

Mas é verdade que há aqueles que enriquecem às custas de outros; aqueles cujo capital não é obtido por meio de trocas voluntárias e sim por meio da força, e esses são os membros do Estado. É o Estado que tira à força o dinheiro das pessoas (impostos) para custear os salários e auxílios que os seus membros recebem; além disso, não raro o Estado usa o dinheiro tirado a força da sociedade para custear as empresas de certos amigos do rei, assim como comprar votos e desviá-los por meio da corrupção. Se há uma desigualdade que se dá de forma não livre e espontânea em nossa sociedade, essa desigualdade é aquela causada pelo governo. 

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